A morte de Adriano da Nóbrega: o que é fake?

A morte de Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020, permanece envolta em mistério e suspeitas. O miliciano foi supostamente morto durante uma operação policial realizada em uma propriedade rural em Esplanada, interior da Bahia. No entanto, segundo Jânio de Freitas, comentarista político da Rádio Metropole, a narrativa oficial da polícia de um confronto armado levanta dúvidas, sugerindo que a ação poderia ter sido planejada para eliminar evidências comprometedoras.

Jânio de Freitas destaca que, de acordo com a versão apresentada pelas autoridades policiais, os PMs cercaram a residência de Nóbrega e ocorreu um tiroteio entre as partes envolvidas. Entretanto, o comentarista aponta para a presença de um muro na propriedade, o qual Nóbrega poderia ter usado como proteção, questionando assim a plausibilidade da versão oficial.

O jornalista enfatiza que Nóbrega era altamente treinado para situações de risco, o que levanta ainda mais dúvidas sobre a possibilidade de um tiroteio genuíno. Para Jânio de Freitas, as informações derivadas das investigações não são convincentes o suficiente para sustentar a tese do confronto armado, sugerindo, em vez disso, que a morte do ex-capitão foi uma execução planejada.

O comentarista da Metropole também levanta questionamentos sobre as circunstâncias que levaram Nóbrega a estar na Bahia e se houve esforços suficientes para investigar a propriedade onde ele foi morto. Esses aspectos, segundo ele, são cruciais e parecem não ter recebido a devida atenção. Até o momento, a única informação sabida é que a propriedade onde Nóbrega foi morto pertencia ao vereador do PSL, Gilsinho da Dedé. O vereador afirmou, logo após o ocorrido, que não tinha conhecimento da presença de Nóbrega em seu sítio e negou qualquer ligação com o miliciano.

Jânio de Freitas conclui enfatizando que a Polícia Federal possui uma quantidade substancial de material para investigar e, caso se aprofunde, poderá descobrir revelações surpreendentes mais uma vez.

*A análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, transmitido ao meio-dia às sextas-feiras