
Enquanto isso, ida e volta à espera de comida em Gaza
As televisões desse “mundo democrático” do Ocidente mostram minimamente as cenas de crianças disputando o que resta de comida em Gaza

Foto: Reprodução
Até a Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, de direita e aliada de Benjamin Netanyahu, não aguentou e mandou ver contra o que os militares, o governo e a maioria do parlamento israelense estão fazendo em Gaza. Ela chamou de limpeza para apropriação do território.
No mesmo dia, a ONG Médicos sem Fronteiras e a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) soltaram notas alertando para a fome em Gaza. O Médicos Sem Fronteiras, por exemplo, está há mais de dois meses sem conseguir receber suprimentos. A população de Gaza, sob as vistas da população de Israel, está em situação sub-alimentar crítica. É fome, desespero, em busca de um mínimo de comida por dia. As televisões desse “mundo democrático” do Ocidente mostram minimamente as cenas de crianças disputando, em desespero, um pouco do que resta de comida a ser dividida - em geral uma papa quase repugnante, mas o único alimento disponível.
Enquanto isso, nada acontece a assassinos israelenses do governo Netanyahu e nem a esse monstro chamado Netanyahu. A pequena oposição em Israel faz algumas manifestações e pronto. Nem a Justiça nem o parlamento israelense são capazes de coisa alguma.
O fundamentalismo religioso o apoia e o sustenta. Outros tarados como ele o auxiliam e o cercam. E a população de Gaza simplesmente recebe e começa a cumprir obrigatoriamente mais uma ordem de deslocamento interno, outra das tantas crueldades. Ida e volta, ida e volta, à espera de comida.
* A análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, transmitido ao meio-dia às quintas-feiras
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