Tô torcendo até pelo Flamídia no Mundial de Clubes da FIFA

Se a seleção brasileira vem sendo motivo de desgosto atrás de desgosto, os times que nos representam na Copa do Mundo de Clubes, disputada nos Estados Unidos, até aqui vêm surpreendendo positivamente. Flamengo, Fluminense, Palmeiras e até mesmo o Botafogo, que estreou ganhando do temido e poderoso Paris Saint-Germain (PSG), se classificaram com tranquilidade na fase de grupos. E não porque seus grupos fossem fracos, mas por méritos que ninguém aqui suspeitava que tinham. Sim, antes da competição começar, os comentários locais, em geral, apostavam em fracassos retumbantes dos nossos times (as bets devem estar faturando horrores!), o que mostra também que a crônica esportiva tem muito de "chute", no mau sentido.

Seja como for, para o quase ex-país do futebol, é bom fazer bonito numa competição internacional que reúne os maiores. Para se ter uma ideia, o Flamengo se deu ao luxo de jogar a última rodada da fase com elenco misto — e só por desleixo na finalização, empatou com o Los Angeles. Mas, como Esperidião Amin está careca de saber, o futebol é uma caixinha de surpresas e pode ser que cada um dos nossos gloriosos encarne o complexo de vira-latas que nos veste tão bem ultimamente e saia humilhado do torneio. Eu, por minha, vez, nunca me imaginei torcendo tanto para esses times. Vibrando pelo Flamídia, gritando até ficar rouco no gol do Palestra Meu!

O que me pergunto é se um possível triunfo de time brasilero pode servir de oxigenação para a seleção que, até o momento, nem o técnico gringo e milagreiro conseguiu dar jeito, ou se, pelo contrário, o resultado será um desmonte ainda maior de nossas estruturas, com, por exemplo, um Arrascaeta indo jogar junto com Messi e Suárez. A viralatice local está toda em polvorosa, urubuzando o urubu e garantindo que será goleado pelo Bayern. Pois eu vou botar 1 real de bigbig no rubro-negro da Gávea.