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Bolsonaro e briga de família

Pois é, por onde andam? Houve tempo em que as praças de alimentação e/ou estacionamentos dos shoppings ficavam infestados de emos
Foto: Reprodução
"A vida vem em ondas, como o mar", diz o verso de Vinícius de Moraes consagrado na música "Como uma Onda", de Lulu Santos e Nelson Motta. E é verdade, as ondas batem e passam. Por exemplo, lembram dos bebês reborn? Há pouco tempo, só se falava neles, agora parece que já cresceram de tanto que sumiram, de repente, dos noticiários e até dos memes. Até pitbulls parece que atacam em ondas: os casos acontecem em cachos, depois cessam. E depois vem uma nova onda, como na pandemia de coronavírus. Aliás, ainda existe coronavírus? E, seguindo essa mesma lógica, mas com um sumiço muito mais duradouro, estão os emos. Acho até que, para muita gente, essa palavra soará como novidade. Portanto, explico: emo foi uma tribo, uma onda estético-musical, cujo nome é a abreviatura de "emotional hardcore" (ou "emocore"), um subgênero do punk rock com letras emocionais e confessionais.
Os emos tinham nas franjas suas marcas registradas, além da roupa preta. Mas surgiram também os coloridos da Restart, surfando na mesma onda. Lembrou? Pois é, por onde andam? Houve tempo em que as praças de alimentação e/ou estacionamentos dos shoppings ficavam infestados de emos. João Gabriel Galdea, logo quando chegou aqui na Metropole, foi apelidado de emo, graças a seu cabelo escorrido. E até hoje é assim que Nardele o chama. Mas, os emos emos mesmo, ainda existem? São tribo extinta ou vivem em alguma reserva? São faxineiros, balançam nas construções? São bilheteiras, baleiros e garçons? Já nem se lembram que existe o brejo da cruz, que eram crianças e que comiam luz?
Pois eu suspeito que é por aí mesmo. Os emos cresceram e os boletos chegaram. Junto com uma pia cheia de pratos e pilhas de roupa suja. Assim como filhos, plantas e pets. E fim. Será que um dia a onda volta?
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