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Bolsonaro e briga de família

Bolsonaro e briga de família

Ao anunciar a taxação de todos os produtos brasileiros exportados, o que Trump fez não foi garantir a anistia de Bolsonaro

Bolsonaro e  briga de família

Foto: Reprodução

Por: Malu Fontes no dia 17 de julho de 2025 às 07:42

Eduardo Bolsonaro, pelo jeito, não sabia com o que nem com quem exatamente estava se metendo quando trabalhou para Donald Trump fazer o que fez quando anunciou a taxação de 50% às exportações de todo e qualquer produto brasileiro para os Estados Unidos. E parecia saber menos ainda das consequências disso quando comemorou a decisão e foi para as redes sociais pedir aos brasileiros para agradecer Trump por libertar o Brasil. 

Tendo em vista apenas o projeto personalístico do pai, Eduardo pediu licença do mandato e foi cuidar da prioridade da família nos Estados Unidos, em parceria com o jornalista Paulo Figueiredo, ex-Jovem Pan (SP): pedir ajuda a Trump para chantagear o Brasil, considerando que iria emparedar o presidente Lula e o Poder Judiciário. Essa era a expectativa, mas, como na linguagem dos memes, a realidade foi outra. 

Ao anunciar a taxação de todos os produtos brasileiros exportados, o que Trump fez não foi garantir a anistia de Bolsonaro e muito menos a sua certeza de não ser condenado e preso em um futuro próximo. Ao contrário: para grande parte da população brasileira, a família e quem o apoia nessa empreitada de chantagem e sequestro da economia brasileira, foram arremessados ao inferno. A primeira vítima atingida pela chantagem da família foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.  

Pipoca e 25 de Março

Quem anunciou a inconsequência econômica, política e eleitoral dos Bolsonaros foi o Estado de S. Paulo, o Estadão, o jornal porta-voz da elite empresarial de São Paulo, o veículo que primeiro veio a público, imediatamente após o anúncio da super taxação, desqualificando a iniciativa e usando os piores adjetivos possíveis para a família para quem quem a aplaude, principalmente o governadores Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, chamados de aprendizes do bolsonarismo. Movimento de mafiosos foi como a empreitada de Eduardo nos Estados Unidos foi chamada. 

E a cada dia Trump escala mais níveis nas críticas contra o Brasil. Nesta quarta, atacou o pix, um orgulho braisleiro, e até a rua 25 de Março, de São Paulo, famosa por vender produtos falsificados e réplicas de primeira linha de produtos de luxo internacionais. E dentro da própria família, pipocaram brigas. Enquanto Eduardo ataca explicitamente Tarcísio, chamando de servil e subserviente às elites, o próprio irmão defende o governador paulista. Os prejuízos causados pela família são imensos. Mas vêm com pipoca junto. 

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