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Depois da morte, o dilema: série ‘The Good Place’ questiona, com leveza e bom humor, o céu, o inferno e tudo que vem no meio

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‘Até a Última Gota’: drama visceral sobre maternidade e colapso silencioso domina discussões na internet
Ao enfrentar um momento de perdas e decisões extremas, mãe solo protagoniza história comovente na Netflix
Foto: Divulgação/Netflix
Lançado na última semana e já entre os assuntos mais comentados nas redes sociais, Até a Última Gota, da Netflix, é daqueles filmes que começam parecendo um drama cotidiano e, de repente, te colocam numa espiral de tensão quase insuportável.
A história acompanha Janiyah, uma mãe solo que já começa o dia no limite. Ela precisa cuidar da filha doente, lidar com um despejo iminente e tentar sobreviver com quase nada no bolso. Quando tudo desmorona de uma vez, ela toma uma decisão impulsiva para conseguir o dinheiro do tratamento da filha. A partir daí, o filme muda de tom, mas sem fugir da realidade.
A direção conduz a narrativa com uma câmera quase colada na protagonista, o que cria uma sensação de imersão. É como se pudesse sentir o peso das escolhas dela em tempo real. A fotografia aposta em tons cinzas e azulados, reforçando elementos como o frio da rua, o cansaço e a urgência. Ainda nos momentos mais caóticos, o foco vai para o íntimo: o rosto suado, a respiração acelerada, o olhar perdido.
O som também tem papel fundamental. Em várias cenas, o silêncio consegue falar mais do que qualquer diálogo. Ainda assim, sons como sirenes, vozes abafadas e o barulho de máquinas hospitalares funcionam como trilha da tensão constante. A música só entra nos momentos certos, com uma sutileza bem precisa. Até a Última Gota não traz respostas fáceis e nem tenta justificar tudo. É um filme sobre limites do corpo, da mente, das escolhas e pressão de tudo isso.
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