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Insatisfeito, líder dos caminhoneiros fala em paralisação para pressionar o governo

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Insatisfeito, líder dos caminhoneiros fala em paralisação para pressionar o governo

Segundo Wallace Landim, há um movimento de mobilização para pressionar a gestão a cumprir suas promessas

Insatisfeito, líder dos caminhoneiros fala em paralisação para pressionar o governo

Foto: Arquivo Pessoal/ Divulgação

Por: Luciana Freire no dia 16 de junho de 2021 às 15:30

O representante de uma das principais categorias de caminhoneiros, Wallace Landim, conhecido como Chorão, afirmou, nesta quarta-feira (16), estar descontente com as ações do governo Bolsonaro direcionadas à classe. Segundo ele, há um movimento de mobilização com outros líderes e caminhoneiros para pressionar a gestão pela conquista de direitos. Uma greve não é descartada.

"Chegamos no limite novamente. Entendemos o momento delicado que o Brasil passa, mas estamos nos mobilizando", diz Chorão.

Em conversa com o Metro1, Landim, que é presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), principal líder na greve de 2018, disse ainda que o governo não tem cumprido suas promessas. No início do mês, por exemplo, foi solicitada a ampliação do programa de financiamento Crédito Caminhoneiro do BNDES, que acaba em 8 de junho. Com dois anos de implementação, dos R$ 500 milhões destinados, foi liberado apenas R$ 6 milhões — 1,2% do total.

"Com as devidas proporções, nossa situação é pior do que 2018. Precisamos nos mobilizar e conversar com todos os estados pra trazer o grupo de 2018, forte, unido, para fazer o governo cumprir suas promessas. O governo tem que acordar, nós somos o Brasil", diz Chorão.

Em fevereiro deste ano a categoria já tinha enfatizado suas insatisfações com as promessas de Bolsonaro. Na época, em entrevista à Rádio Metropole, o presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, disse considerar "muito difícil" que o presidente Jair Bolsonaro tenha, novamente, o apoio dos caminhoneiros, caso continue com a atual política em relação à categoria. Houve uma reviravolta de acordos, mas a classe se agita, mais uma vez, em direção a cobranças.

Em 2018, a greve dos caminhoneiros durou dez dias e paralisou serviços como fornecimento de combustíveis e distribuição de alimentos e insumos médicos, levando o país à beira do colapso. A principal reivindicação era a redução nos preços do óleo diesel. Em 2021 a volatilidade do preço do combustível continuou sendo uma questão preocupante para Bolsonaro. Há dois meses sua indicação para a presidência da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, tomou posse, e o principal assunto em pauta foi a política de preços da estatal.