Brasil
TSE autoriza inquérito contra Haddad por shows de Roger Waters
Campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) considerou que as apresentações do ex-líder do Pink Floyd foram "showmícios" pró-PT
Foto: Reprodução / Facebook
O ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aceitou, no último sábado (27), analisar uma ação movida pela campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) contra o adversário derrotado, Fernando Haddad (PT), e sua candidata a vice, Manuela D'Ávila.
Segundo o UOL, a ação foi movida após a equipe de Bolsonaro considerar que as apresentações do cantor e compositor inglês Roger Waters foram "showmícios" em favor do petista. Além de acusar Haddad, a ação envolve a produtora T4F Entretenimento. A campanha pede que os registros das candidaturas sejam cassados e que ambos fiquem inelegíveis por oito anos.
No entendimento da defesa do presidente eleito, que cita a T4F como "maior beneficiária da Lei Rouanet do país", a imagem do artista foi usada de forma indevida para "ostensiva e poderosa propaganda eleitoral negativa" contra Bolsonaro. A passagem da turnê mundial de Waters pelo país teria visado beneficiar a candidatura de Haddad e implicou em caixa dois de campanha e financiamento empresarial, que são práticas ilegais.
Waters é conhecido por ter se posicionado politicamente diversas vezes ao longo de sua trajetória artística. Nos shows da turnê brasileira, ele incluiu Bolsonaro entre os representantes do neofascismo e homenageou Moa do Katendê e Marielle Franco. No último sábado, em Curitiba, Waters protestou contra o então candidato do PSL, 30 segundos antes do fim do prazo para a proibição legal.
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