
Cidade
Abandonado por órgão federal, Forte do Barbalho será cedido ao Ipac
O espaço será usado como Memorial de Resistência e Direitos Humanos no estado da Bahia

Foto: Leitor Metro1
Alvo de reclamações de moradores sobre o estado de conservação de seu espaço, o Forte do Barbalho, que atualmente é de propriedade da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), será cedido ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA).
Ao Metro1, a SPU informou que já está em andamento o processo de cessão de uso gratuito da edificação. A informação foi confirmada pelo órgão estadual, que afirmou que aguarda apenas um parecer técnico e especializado da Superintendência do Patrimônio da União.
O espaço será usado como Memorial de Resistência e Direitos Humanos no estado da Bahia. A proposta, segundo o Ipac, é que o memorial funcione como um museu para o resgate histórico e educacional em direitos humanos e resistência das populações enquadradas como minorias sociais. Um projeto semelhante já havia sido anunciado, há quase oito anos, pelo então secretário da Casa Civil do Governo da Bahia, Bruno Dauster. Na ocasião, ele afirmou que a edificação sediaria o museu da luta das liberdades no Brasil e na Bahia. O projeto nunca foi para frente.
Produção artística
No local, funciona atualmente o escritório da Bahia Criativa, projeto vinculado à Secult, que oferece apoio e base de locação para produções artísticas. Aulas de capoeira, de artes circenses e de teatro são oferecidas à comunidade no espaço. Apesar disso, moradores e os próprios produtores que utilizam reclamam do estado de conservação do forte, que é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo o órgão, a manutenção cabe ao proprietário da edificação, que ainda é a SPU.
Em carta enviada ao Metro1, o Núcleo das Artes do Forte do Barbalho afirmou que permanece no local apenas pelo trabalho artístico desenvolvido. Ainda segundo o grupo, os profissionais que utilizam o forte são responsáveis por limpar o local e ainda colaboram com uma verba mensal para a manutenção.
“Apesar das suas deficiências estruturais, o forte tem acolhido diversos tipos de produção com um volume. Extremamente significativo de obras realizadas nos últimos anos”, diz um trecho da carta.
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