
Cidade
Comércio em ruínas: bairro soma quase 300 imóveis com risco de desabamento
Símbolo de progresso no passado, bairro do Comércio vive à sombra do abandono, com 18 imóveis com risco elevado de desabamento

Foto: Reprodução/Leitor Metro1
Antigo centro empresarial da cidade, o bairro do Comércio, em Salvador, já soma 259 imóveis com risco de desabamento. Entre eles, 18 são considerados com grau muito elevado de risco. O número foi levantado e fornecido pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) à reportagem do Metro1.
Além desses 18, outros 112 prédios estão em estado de alto risco de desabamento no bairro. Com grau de risco médio e baixo, foram apontados 61 e 68 imóveis respectivamente.
O prédio da antiga loja A Lâmpada é um desses imóveis com risco de desabamento. Um via precisou ser interditada por conta do risco de desabamento da estrutura que já está visivelmente inclinada para quem passa pela rua. Na esquina entre as ruas Pinto Martins e Conselheiro Dantas, o edifício foi alvo de uma batalha judicial entre o proprietário, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a União. A Justiça Federal, no entanto, já decidiu que a responsabilidade de desenvolver e executar um projeto de recuperação é do instituto, mas, 18 meses após a determinação, nenhuma medida havia sido tomada. No início de junho, a Justiça estabeleceu 60 dias para que União e Iphan cumprissem a decisão, sob risco de multa.
Localizado às margens da Baía de Todos os Santos e vizinho ao Elevador Lacerda, o Comércio já foi sinônimo de progresso. Foi o primeiro bairro de negócios organizado do país. Mas com a descentralização do centro empresarial da capital, a criação do Centro Administrativo da Bahia (CAB) e expansão da expansão da região do Iguatemi e Avenida Tancredo Neves, acabou tendo seu esvaziamento acelerado. A saída do Tribunal Regional do Trabalho de sua sede no bairro, anunciada na última semana, é o episódio mais recente da perda de movimentação da região.
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