Editorial
MK reage à violência na CMS durante protesto de servidores: “Despertou em mim profunda repulsa”

"Será que constitucionalmente nós não temos nenhuma medida que sirva para estancar esse tipo de atitude deletéria que está sendo tomada?", questionou
Foto: Matheus Simoni / Metropress (arquivo)
Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (5), Mário Kertész repudiou as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus (leia mais aqui e aqui).
"Ontem tomei um susto quando vi o que o presidente Bolsonaro disse. O que ele quis dizer, nós sabemos. mas é realmente uma coisa inacreditável. É isso que a gente realmente espera do presidente da República do Brasil, é isso? Então, se a maioria do povo concorda, se ele foi eleito democraticamente, se ninguém consegue segurar... O senador Tasso Jereissati, uma figura das melhores da política nacional, disse 'tem que parar esse cara'. Pois é, de uma forma ou de outra. Ou fazendo com que... E aliás, eu sempre defendi isso. As pessoas ficam dizendo que o impeachment não tem jeito, não tem sentido agora, é isso, é aquilo, no meio de uma pandemia... Me lembro de Rodrigo Maia, como segurou tantas vezes e dizia 'não, no meio dessa pandemia não vale a pena'. Que equívoco, hein, Rodrigo? (...) O impeachment é uma medida dura? É. Ele foi eleito democraticamente, o ideal é que ele termine o mandato dele. Agora, será que constitucionalmente nós não temos nenhuma medida que sirva para estancar esse tipo de atitude deletéria que está sendo tomada?", questionou.
MK ainda questionou se as declarações controversas de Bolsonaro não seriam uma maneira de criar uma "cortina de fumaça". "Mesmo que o filho dele tivesse todo o dinheirinho legalizado, direitinho, do ponto de vista político é um desastre. Qual a necessidade de, neste momento em que o povo brasileiro está morrendo, o senador da República, filho do presidente da República, vai e compra uma casa de R$ 6 milhões. E olhe, a Rede Globo ontem mostrou que tem bronca aí ainda. O dono da casa disse que já recebeu integralmente em transferência bancária do senador e sua esposa, e o resto do Banco Regional de Brasília, operando financiamento a 30 anos, juros abaixo, bem abaixo. (...) Pra pagar a parte em dinheiro, ele vendeu aquela franquia que tinha de chocolate e um apartamento que tinha no Rio de Janeiro. Só que o antigo dono disse que já recebeu tudo. Ele disse que não recebeu tudo, que ainda está faltando", pontuou.
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