Editorial
MK reage à violência na CMS durante protesto de servidores: “Despertou em mim profunda repulsa”

Âncora da Rádio Metropole aponta regime militar e impacto da internet como causas da fragilidade do movimento estudantil no país
Foto: Metropress/Fernanda Vilas Boas
O âncora da Rádio Metropole, Mário Kertész, criticou, nesta sexta-feira (9) durante o programa Bahia no Ar, o movimento estudantil. Para o comunicador, os grupos se acomodaram nos últimos anos e o regime militar foi um dos fatores que mais contribuiu para o cenário.
“Na ditadura militar, eles saíram ‘castrando’ [o pensamento dos jovens] e hoje o movimento estudantil existe, mas é muito fraco. A UNE, que era a União Nacional dos Estudantes, que logo nos primeiro dias [do regime militar] tocaram fogo na sede no Rio de Janeiro, virou uma coisa sem graça. E depois, durante os governos do PT, se transformou quase que num aparato do Estado e perdeu a relevância completamente. Nós pagamos um preço sério por isso”, disse MK.
Durante seu comentário, o âncora relembrou um artigo da época da ditadura militar que determinava a retirada de qualquer estudante das universidades que militava contra o regime. “O resultado disso foi que tirou completamente a participação política dos jovens, os jovens foram cassados”, afirmou.
Para o âncora, a internet também contribuiu para a acomodação nos jovens, ao permitir que qualquer pessoa se posicione anonimamente sem precisar sair de sua casa.
“Eu vejo gente até inteligente, jornalistas, professores, universitários que se dedicam horas e horas ao debate estéril da internet. Esse debate não leva a lugar nenhum. São pessoas por quem eu até tinha uma admiração e hoje não tenho nenhum. Porque gastam a vida respondendo, valorizando [...] e teve um agravante também aí, que foi a pandemia, que serviu para nos apartar”, avaliou o âncora.
Confira o programa na íntegra:
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