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MK reage à violência na CMS durante protesto de servidores: “Despertou em mim profunda repulsa”

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MK reage à violência na CMS durante protesto de servidores: “Despertou em mim profunda repulsa”

Em editorial no Jornal da Bahia no Ar, nesta sexta-feira (23), Mário Kertész repudia os atos de agressão durante protesto de servidores na Câmara Municipal de Salvador

MK reage à violência na CMS durante protesto de servidores: “Despertou em mim profunda repulsa”

Foto: Reprodução/Metro1

Por: Metro1 no dia 23 de maio de 2025 às 14:00

Atualizado: no dia 23 de maio de 2025 às 15:44

Indignado com os acontecimentos registrados na Câmara Municipal de Salvador durante a votação do reajuste do piso salarial dos servidores municipais, Mário Kertész fez um duro editorial no Jornal da Bahia no Ar, nesta sexta-feira (23). Ao comentar as agressões e a confusão provocada por manifestantes que tentaram invadir o espaço onde ocorria a sessão, ele fez um alerta à sociedade: “você admitir que representantes de professores entrem na Câmara Municipal de Salvador e agridam vereadores, que tomem microfone, que incitem a violência? Não, de jeito nenhum”.

Kertész reafirmou o compromisso da Rádio Metropole com a liberdade de expressão e com o debate democrático, lembrando que o movimento dos professores teve espaço amplo na emissora. “A Rádio Metropole é democrática e dá provas disso todos os dias. Esses dias eu tenho entrevistado o pessoal que está engajado seriamente e com seriedade na luta por melhores salários ou pelo piso dos professores municipais. Falaram, mostraram com total liberdade”, ressaltou.

No entanto, o apresentador foi categórico ao separar a legitimidade da causa da forma como ela foi conduzida por alguns dos manifestantes na quinta-feira (22). “Toda greve é política, aliás, toda ação humana é política. Mas exercício pela violência? Eu lamento dizer que eu fiquei profundamente decepcionado”, afirmou. Para ele, esse tipo de postura compromete a própria luta dos professores e coloca em risco os princípios democráticos.

“São vocês os mesmos que defendem uma democracia, um estado democrático de direito? [...] Combata, proteste, vá para as ruas, mas ir para a Câmara, tentar impedir o exercício?”, questionou. Mário Kertész também se mostrou surpreso com a agressividade dos atos e fez um apelo às lideranças do movimento: “Se as lideranças desse movimento tiverem um pouco de compromisso e lembrar o momento que o país está vivendo, vão ter que mudar o funcionamento”.

Ao final do editorial, ele reforçou que continuará dando espaço ao debate e cobrou da gestão municipal mais transparência sobre o uso de recursos para a educação. “Eu quero agora que o secretário de Educação da prefeitura venha explicar aqui a conta desse dinheiro [...] que, segundo os grevistas e seus representantes, a prefeitura embolsa parte e não paga os professores”. Mário encerrou o comentário com um desabafo: “Despertou em mim uma profunda repulsa. O que aconteceu? Inaceitável!”

Confira o comentário na íntegra: