Editorial
MK aponta "hipersensibilidade a críticas" em gestores públicos: "vamos parar com essa frescurinha"
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O apresentador ainda criticou a oposição ao prefeito na Câmara de Salvador perante aprovação de matérias sem ampla discussão
Foto: Reprodução/Youtube
Ao comentar a compra do Othon Palace Hotel pela construtora Moura Dubex por R$82 milhões, Mário Kertész afirmou que o poder político das imobiliárias e incorporadoras têm dominado em Salvador. Segundo ele, essas empresas, inclusive, têm ajudado na eleição de prefeitos, vereadores e exercido influência em áreas judiciais.
MK ressaltou ainda no comentário desta quarta-feira (6) na Rádio Metropole, que o poder político municipal é mais fraco em relação aos demais por ter menos arrecadação e financiamento. Segundo ele, ao longo do tempo, empresas que atuam em três setores exerceram (ou exercem ainda) forte influência política nos Municípios. São eles: coleta de lixo, transporte público e especulação imobiliária.
“O setor de coleta de lixo passou a ser um componente de poder especial. Ele se juntava com o transporte urbano, que era financeiramente forte e financiava muitas campanhas de prefeito a governador. E o terceiro poder que foi aparecendo e hoje é extremamente forte é o de incorporação e especulação imobiliária”, explicou.
Mário Kertész afirmou ainda que o crime organizado, embora não tenha ainda força expressiva na Bahia, vem ganhando poder, assim como a chamada “bancada da Bíblia”. MK salientou também que, apesar do “caixa dois” ser proibido no Brasil, permanece sendo uma prática no mundo político. “Será que a gente ainda acredita naquela história do Fundo Partidário e dos orçamentos aprovados pelos Tribunais Regionais Eleitorais? Só se vocês quiserem contar uma piada numa quarta-feira, o ‘caixa dois’ funciona e vai funcionando cada vez mais forte”, afirmou.
Ainda no seu comentário, Mário Kertész criticou o silêncio da oposição na Câmara de Salvador. Ele condenou a aprovação de matérias relevantes, como a minirreforma tributária, sem uma discussão ampla. “A oposição está calada. Quando vai para Câmara um projeto daquele de subsídio de transporte, a própria oposição vota a favor dizendo que é um voto crítico. Não existe isso. Uma lei complexa como essa [de benefícios fiscais] em 48h depois que chega lá é aprovada. Então, o poder econômico continua mandando”, ponderou.
Confira o editorial na íntegra:
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