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MK critica viagens de autoridades para eventos nos EUA: “pra quê bajular a elite americana?”

Editorial

MK critica viagens de autoridades para eventos nos EUA: “pra quê bajular a elite americana?”

Eventos como o Lide, planejado pelo ex-prefeito de São Paulo João Doria foram criticados por Mário Kertész

MK critica viagens de autoridades para eventos nos EUA: “pra quê bajular a elite americana?”

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 13 de maio de 2025 às 12:10

Atualizado: no dia 13 de maio de 2025 às 12:43

Eventos como o Lide, planejado pelo ex-prefeito de São Paulo João Doria, e outros similares vêm chamando atenção por reunir autoridades e políticos brasileiros em grandes hotéis e auditórios nos Estados Unidos, sobretudo em Nova York. Esse modelo de iniciativa e esse tipo de viagem dessas personalidades foram criticadas por Mário Kertész no Jornal da Bahia no Ar

"Fico impressionado com o número de eventos para os quais os nossos governadores, ministros do Supremo Tribunal, do Superior Tribunal se deslocam, sobretudo, para Nova Iorque, em grandes eventos [...] acho isso um escândalo”, iniciou. 

No Lide, por exemplo, que acontece nesta terça-feira, no Harvard Club, em Nova York, estão presentes nomes como: presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso; o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB); o procurador-geral da República, Paulo Gonet; o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Vital do Rêgo Filho; e ainda sete governadores, além de senadores e deputados federais. “Entre eles, uma ficha carimbada é o governador do Rio. E vem o governador não sei de onde, vem o governador não sei de que, para um encontro que começa às 9 horas e termina ao meio-dia. Só do Brasil vêm umas 40 autoridades, fora empresários, que devem ter uma vantagem de fazer encontros aqui e ali”, opinou MK.

Mário Kertész cobrou ainda da imprensa um olhar crítico para esses eventos. “Somos [a imprensa brasileira] um bando de produtos omissos, porque, enquanto isso acontece, o país continua com a desigualdade, continua com o problema, e toda hora tem Gilmar Mendes fazendo eventos em Lisboa. Tem outro que faz eventos em Londres. E tem almoço de graça? Quem é que paga isso? E qual a importância de ficar juntando essa nobre elite para puxar o saco de uma elite americana que não sei nem se valoriza isso?”, questionou. “A gente vive como se fosse um país multi bilionário, que os nossos magistrados vêm para Nova York, para Harvard Club”, completou.