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MK cobra providências do Ministério da Cultura após rooftop sem licença no Centro Histórico: "isso é um crime"

Editorial

MK cobra providências do Ministério da Cultura após rooftop sem licença no Centro Histórico: "isso é um crime"

Radialista denunciou o caso da Rua da Misericórdia e disse que a elite “rouba o direito do povo de usufruir da cidade”

MK cobra providências do Ministério da Cultura após rooftop sem licença no Centro Histórico: "isso é um crime"

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 13 de outubro de 2025 às 10:03

Atualizado: no dia 13 de outubro de 2025 às 10:31

 

O rooftop instalado sobre dois prédios do Centro Histórico de Salvador sem a devida autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) segue funcionando como parte da Mostra Casas Conceito, da empresária Andrea Velame. Na programação da Rádio Metropole desta segunda-feira (13), Mário Kertész criticou o órgão, que é ligado ao Ministério da Cultura, comandado por Margareth Menezes, por não ter embargado a obra antes da conclusão. 

Um parecer técnico do próprio Iphan, obtido pelo Jornal Metropole, confirmou que a construção foi feita sem autorização do órgão e sem licença da Prefeitura, em área tombada desde 1984. A solicitação junto ao órgão citava apenas uma “reforma simples” e não a construção de um rooftop com piscina. O solicitante informava ainda no documento que não haveria mudança no uso dos imóveis, o que vai ocorrer, já que a mostra integra o projeto de hotel Villa Andrea, já anunciado. 

O Iphan comeu mosca ao permitir a instalação de um terraço, que hoje se fala rooftop, frequentado pela alta sociedade e sem licença do Iphan e, consequentemente, sem licença e habite-se da Prefeitura, porque a Prefeitura não pode dar habite-se nem licença de funcionamento se o Iphan não aprovou”, apontou.

“A empresária Andrea Velame manda uma proposta para ser aprovada, examinada pelo Iphan, dizendo que era uma mera modificação, aquela que você vem e limpa, pinta nas cores originais. O prédio da Rua da Misericórdia número um, tombadíssimo; ao lado, a sede do Bradesco, que também está na área tombada. E não faz só isso. Estabelece lá um local para suas exposições e um hotel em plena Rua da Misericórdia e da Praça Municipal. Isso é um crime”, completou.

MK classificou a situação como um símbolo da desigualdade social e racial em Salvador, onde os espaços públicos e históricos são apropriados por empreendimentos privados em nome da “modernidade” e do turismo. “‘Vamos ver o pôr do sol lá no rooftop de Dona Velame’ [ironizou]. É uma vergonha. Vergonha para o Iphan. Vergonha também que rebate em Margareth Menezes, que está chefe no ministério”, afirmou MK, prometendo continuar cobrando providências.

“Mais uma vez, ao povo, as migalhas. Ao povo, aquelas casinhas nas praças para fazer o seu negócio. E a elite privilegiada com a Baía de Todos-os-Santos”, concluiu.

Confira o editorial na íntegra: