Editorial
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'É preciso acabar com a República de Curitiba', diz MK; ouça
Mário Kertész se disse favorável à divisão do comando da Operação Lava Jato e também comentou a queda de 32% do PIB dos Estados Unidos
Foto: Matheus Simoni / Metropress
Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (31), Mário Kertész se disse a favor da possível "divisão" do comando da Operação Lava Jato. Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha, o procurador-geral da República, Augusto Aras, estuda fazer a mudança para reduzir a influência do procurador Deltan Dallagnol nas ações da força-tarefa.
"Eu sou totalmente favorável, e vou lhe dizer porquê. O raciocínio é muito simples, posso estar errado, se estiver, quando alguém me disser que está errado, eu posso chegar e dizer 'errei'. Eu sou favorável porque é preciso acabar com a República de Curitiba, que ficou tão poderosa, cheia de heróis, [o ex-ministro Sergio] Moro foi um deles, Dallagnol... Esse Dallagnol metia medo em quem tinha coragem. (...) Os procuradores do Rio de Janeiro também mandaram um pedido ao STF para interromper essa coisa de passar os dados para a Procuradoria-Geral, com o raciocínio seguinte: o procurador-geral da República é hierarquicamente superior somente na parte administrativa, e cada procurador tem total autonomia. (...) Você veja, a República de Curitiba é tão forte que em um determinado momento, esse mesmo Dallagnol estava propondo a criação de uma fundação com mais de R$ 5 bilhões, dinheiro que foi recuperado dos desvios da corrupção do PT, do PMDB e de outros partidos com grandes empresas. Essa fundação administraria esses recursos, para distribuir à educação e ao combate à corrupção. Peraí. Pra quê que tem governo? Pra quê tem orçamento geral da União? Pra quê tem Congresso Nacional? Que é isso? A grita foi tão grande que eles resolveram tirar o cavalo da chuva", pontuou.
MK também falou sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que despencou 32%, como não acontecia desde a crise provocada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. Ele relacionou o evento ao desejo do presidente Donald Trump de adiar as eleições no país. "Trump está querendo adiar as eleições, porque muita gente vai querer votar por correio e vai haver fraude. Um deputado líder dos Republicanos, partido dele, disse: 'Nunca teve fraude, sempre se votou pelo correio aqui'. Nos EUA o voto não é obrigatório. E depois, tem o seguinte: para aprovar uma mudança na data da eleição, que está marcada para o dia 3 de novembro, só o Congresso pode aprovar. E tem que passar pela Câmara dos Deputados, que hoje a maioria é democrata, portanto contra o partido dele. Ele certamente está pensando em fazer isso pra ver se dá tempo de melhorar a economia e garantir a possibilidade de ele se reeleger. Vade retro, Satanás. Chega", disse.
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