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MK cobra investigações em outros núcleos do Banco Master: "tem que ir fundo no Credcesta"

Editorial

MK cobra investigações em outros núcleos do Banco Master: "tem que ir fundo no Credcesta"

Operador exclusivo de consignados do estado e de dezenas de prefeituras, o Credcesta acumula denúncias de fraudes, descontos indevidos e juros abusivos.

MK cobra investigações em outros núcleos do Banco Master: "tem que ir fundo no Credcesta"

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 28 de novembro de 2025 às 11:01

Atualizado: no dia 28 de novembro de 2025 às 11:58

O escândalo bilionário do Banco Master envolve uma série de operações que atingem diretamente órgãos públicos e servidores baianos. Entre elas, o Credcesta – um dos principais braços de negócios do Master e que tem exclusividade no serviço de crédito e consignados usado pelo governo da Bahia, prefeituras e funcionários – reúne indícios que vão de abusos contratuais a possíveis fraudes financeiras. Nesta sexta-feira (28), Mário Kertész chamou atenção para o caso e questionou se as irregularidades serão devidamente investigadas ou continuarão encobertas.

“Os primeiros levantamentos desse caso: R$ 12 bilhões afanados, desaparecidos, o presidente preso, o diretor aqui da Bahia também preso. Agora, nessa história, tem um ponto que está sendo muito pouco examinado, sabe o que é? Credcesta”, afirmou MK.

Como mostrou a coluna Metropolítica, a Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (Afpeb) entrou com ação no Tribunal de Justiça denunciando fraudes sistemáticas nos consignados operados pelo Credcesta, braço do Master até este ano. A entidade pede o fim da exclusividade firmada, cita descontos em folha sem autorização e juros que ultrapassaram 100% ao ano. Há registros de cartões emitidos sem consentimento, cobranças por compras inexistentes e dívidas que consumiram parte significativa dos salários.

“Fizeram disso o filé mignon, que é ter exclusividade de um cartão de crédito e empréstimos consignados para funcionários do governo da Bahia. Conseguiram a mesma coisa da Prefeitura de Salvador. E eu soube que são 40 municípios do estado da Bahia que têm exclusividade do Credcesta, com dezenas de reclamações de empréstimos que não foram solicitados”, criticou.

Além da investigação criminal que levou os fundadores do Master à prisão, os contratos de consignados migram agora para o recém-criado Banco Pleno, após a ruptura societária. MK reforça que, por atender servidores do estado, prefeituras e milhares de funcionários, o Credcesta se tornou um eixo central do problema – e que a lógica da exclusividade facilitou abusos generalizados, segundo ele mesmo descreveu.

“Esse tal Credcesta é um núcleo importante que tem que ser investigado e, se necessário, anulado esses contratos de exclusividade. É mesmo que pescar com bomba, sabe? Funcionário está lá, desconta da folha dele, paga, não tem nada. Anote aí: Credcesta. Nós vamos jogar duro com isso”, concluiu MK.