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MK relembra início da Segunda Guerra e alerta sobre risco de 'barbárie' no Brasil; ouça

Editorial

MK relembra início da Segunda Guerra e alerta sobre risco de 'barbárie' no Brasil; ouça

Mário Kertész também comentou o esquema de obstrução do trabalho da imprensa operado por funcionários públicos da prefeitura do Rio de Janeiro

MK relembra início da Segunda Guerra e alerta sobre risco de 'barbárie' no Brasil; ouça

Foto: Matheus Simoni / Metropress

Por: Metro1 no dia 01 de setembro de 2020 às 08:36

Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (1º), Mário Kertész relembrou o início da Segunda Guerra Mundial, ocorrido em 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia pela Alemanha, e voltou a alertar sobre os perigos da barbárie e do extremismo. Ele traçou um paralelo entre o processo histórico de 81 anos atrás e os dias atuais.

"É bom a gente sempre lembrar que Adolf Hitler chegou ao poder pela eleição, em 1933 o partido dele, Nacional-Socialista dos Trabalhadores, que aqui alguns ignorantes, inclusive altas autoridades, dizem que era um partido de esquerda, chegou ao poder pelo voto e passo a passo conseguiram implantar uma cruel ditadura com o apoio e o entusiasmo da população alemã, a mais instruída secularmente, uma das mais instruídas da história. Para vocês terem uma ideia, até o início do século XX, a medicina mais avançada do mundo era na Alemanha. (...) A Alemanha de Goethe, de tantos músicos, cientistas, entrou e mergulhou com entusiasmo na barbárie. Por que eu faço questão de ressaltar isso hoje? Para que a gente não esqueça e não subestime o poder da barbárie ser despertada entre nós, como está sendo agora, com esse clima de ódio que estamos vivendo, que se acentua a cada dia. Instigado pelos governantes que querem, como na época, combater o comunismo. (...) De vez em quando até dou risada quando uns gaiatos entram no meu Instagram e me chamam de comunista. É uma simplificação da vida", pontuou.

MK também comentou o esquema de obstrução do trabalho da imprensa operado por funcionários públicos da prefeitura do Rio de Janeiro, os "Guardiões do Crivella". Para ele, a iniciativa é mais um motivo de preocupação quanto à liberdade democrática do país. "Ontem eu vi a brigada do prefeito Marcelo Crivella. Assessores contratados pela prefeitura do Rio com dinheiro dos contribuintes para ficarem em portas de hospitais impedindo que as pessoas reclamem à imprensa, sobretudo à TV Globo, que eles chamam "Globo lixo". Isso é o quê? É liberdade de imprensa? É certo? É legal? É normal? E a Globo mostrou inclusive o grupo, e nesse grupo o próprio prefeito Crivella dá parabéns quando uma ação é bem sucedida e reclama quando deixam passar o trabalho livre da imprensa. Então, só não vê quem não quer: estamos caminhando a passos céleres para um regime cada vez mais restrito quanto às liberdades individuais. E a liberdade da imprensa é fundamental para isso", disse.

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