Editorial
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Declaração de Bolsonaro sobre vacina 'não ajuda em nada', diz MK; ouça
"Presidente, deixe esses assuntos lá pros outros, não fique se envolvendo tanto em polêmicas. Isso não te ajuda, não ajuda o seu governo", disse Mário Kertész
Foto: Matheus Simoni / Metropress
Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (3), Mário Kertész criticou a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que "ninguém é obrigado a se vacinar", contrariando normas editadas pelo próprio governo há alguns meses. Para MK, Bolsonaro deveria deixar o assunto para quem entende.
"Agora, o presidente Bolsonaro não ajuda em nada nessa pandemia. Dá uma declaração que ninguém perguntou, não tinha nada a ver, ele não entende do assunto, que ninguém vai ser obrigado a tomar a vacina. Nas próprias disposições editadas pelo governo federal, as pessoas serão sim obrigadas a tomar, porque senão, já imaginou? Como é que você vai conseguir conter essa pandemia? Tem gente que diz que não toma por princípios religiosos, porque o presidente da República disse que aqui é uma democracia. A Secretaria de Comunicação disse que é uma democracia e que ele não é um tirano. Tudo bem, ele não é um tirano, acho até que ele gostaria de ser, mas não é. Agora, não é assim. Imagine, por exemplo: paralisia infantil. Surgiu uma primeira vacina, depois a outra. Se todo mundo não tivesse sido vacinado, até hoje ainda haveria casos de paralisia infantil. Tem países do mundo que ainda têm casos e no Brasil não tem porque todo mundo foi vacinado. Então, presidente, deixe esses assuntos lá pros outros, não fique se envolvendo tanto em polêmicas e mais polêmicas à toa. Isso não te ajuda, não ajuda o seu governo", afirmou.
MK também citou o pedido de demissão coletiva de procuradores da Lava Jato em São Paulo como um indicativo de que a operação está "se desmanchando". "Eu tenho a impressão, não tenho certeza, de que a Lava Jato está se desmanchando. É engraçado que a Lava Jato se baseou muito na operação Mãos Limpas, feita na Itália, que combateu ferozmente a corrupção, inclusive a máfia. Agora, qual foi o resultado final? Acabou. E quem foi eleito primeiro-ministro? [Silvio] Berlusconi, aquela figura bizarra", disse.
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