Editorial
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MK critica 'Big Brother' de Bolsonaro e 'picuinha' com vacina da China; ouça
Em comentário na Rádio Metrópole, Mário Kertész também falou sobre o último debate entre Trump e Biden: "Foi bem mais calmo porque Trump não pôde fazer aquelas palhaçadas dele"
Foto: Matheus Simoni / Metropress
Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (23), Mário Kertész repudiou a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação à vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Citando o recuo do Ministério da Saúde quanto à aquisição das doses e a visita do chefe do Executivo ao ministro Eduardo Pazuello, MK avaliou que Bolsonaro desmoralizou o titular da pasta.
"O presidente Bolsonaro botou o ministro da Saúde dele no lixo. Bateu, avacalhou, insinuou que estava havendo traição. E mais, eu fiquei sabendo agora que Bolsonaro estabeleceu que para Pazuello continuar ministro, tem que pedir desculpas publicamente! Aí o ministro apareceu com Covid, ficou em casa. O secretário-executivo do Ministério foi lá e desmentiu aquilo que havia sido feito, porque estava tudo feito, registrado em papel e em gravaçoes. O pessoal se esquece que vivemos no país do Big Brother. Bolsonaro, em compensação, não satisfeito, fez questão de visitar o ministro que está com Covid, sentou-se ao lado do ministro sem distanciamento, sem máscara, nenhum dos dois, para o ministro dizer 'é, um manda, o outro obedece. Mas o carinho continua'. Dá pra acreditar? não dá não. O negócio tá ficando cada dia pior e não é possível que os bolsonaristas honestos tenham uma explicação pra isso que tá acontecendo", disse.
Outro assunto do comentário foi a declaração do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está dificultando a produção da vacina CoronaVac por retardar a autorização para importação de matéria-prima da China. "Tudo é na base da picuinha. Trabalhar para dificultar todos aqueles que cresçam e possam apresentar uma sombra para a reeleição do presidente Bolsonaro. É uma vergonha", avaliou MK.
Ele também falou sobre o debate realizado ontem entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump e Joe Biden. O confronto foi o último antes da eleição. "Foi bem mais calmo o debate porque Trump não pôde fazer aquelas palhaçadas dele. Ficaram numa discussão de qual família rouba mais, quem paga imposto de renda, quem não paga... A eleição está próxima, dia 3 de novembro, terça-feira. Parece que será a eleição com o maior número de votantes, seja pelo correio ou pessoalmente. O resultado, para mim, é completamente imprevisível", afirmou.
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