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Entre fé e matemática, Vitória repete roteiro e transforma desespero em combustível para 2ª temporada

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Entre fé e matemática, Vitória repete roteiro e transforma desespero em combustível para 2ª temporada

Contrariando estatísticas e alimentando a crença da torcida, rubro-negro baiano reduz chance de rebaixamento para 52%

Entre fé e matemática, Vitória repete roteiro e transforma desespero em combustível para 2ª temporada

Foto: Vitor Ferreira/ ECV

Por: Vitor Bahia no dia 13 de novembro de 2025 às 08:31

Atualizado: no dia 13 de novembro de 2025 às 10:39

Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 13 de novembro de 2025

Se futebol fosse como matemática ou física, o normal seria um time começar o ano a todo vapor, competitivo, revigorado, com vontade. Como se estivesse com sua bateria na capacidade máxima. Mas não é bem assim. E no Esporte Clube Vitória, então, a ciência exata é quase que descredibilizada a cada nova temporada. Não é à toa a máxima rubro-negra que diz que “o vitória é para quem acredita”.

Até a vigésima sétima rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, as chances de rebaixamento do Rubro-Negro eram de 81,5%. Mas, após o empate contra o Botafogo no último domingo (9), o Vitória reduziu a possibilidade de queda para 51,9%. A reviravolta é quase sintomática na segunda metade da temporada. O ano de 2022 sacramentou isso quando, com apenas 2,6% de chances de classificação para a fase seguinte, o clube deixou os gatinhos para trás e subiu junto com os leões para a Série B.

No ano passado, nada muito diferente: na reta final do Brasileirão, o Rubro-negro recarregou as baterias,  eliminou as chances de queda e conseguiu a classificação para a Sul-Americana.

O explica esse caminho inverso do Vitória? Será o treinador? Um grande jogador? A torcida fumegante? A mística do Barradão? A pressão? Ninguém sabe dizer, ao certo, quem é o grande responsável pelas viradas de chave do Leão na segunda metade dos últimos anos, mas o fato é que elas estão lá, para o deleite do sonhador e o espanto do conformado. Esta tônica, quase infalível, parece próxima se repetir neste 2025.

Mas, como defendem as ciências humanas, nada deve ser analisado apenas sob uma ótica, nem mesmo o sufoco que a equipe e o torcedor passam para dar a volta por cima. Por isso, se a lógica deste ano for a mesma que a recuperação de 2024, o rubro-negro já pode esperar por um desempenho ainda mais inconscientente em 2026.