
Justiça
PGR defende prisão de Braga Netto por risco à investigação: “gravidade concreta dos delitos”
Ex-ministro da Defesa é investigado por envolvimento em tentativa de golpe

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta terça-feira (20) a permanência da prisão preventiva do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, acusado de tentar impedir as investigações sobre a tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder. Preso desde 14 de dezembro de 2024, o militar teve sua denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no fim de março, junto a outros sete envolvidos, incluindo o ex-presidente.
Na manifestação, o procurador-geral Paulo Gonet destacou “a gravidade concreta dos delitos” e os riscos de obstrução das apurações e reincidência, justificando a continuidade da prisão cautelar. Segundo ele, “o oferecimento de denúncia não afasta automaticamente o perigo de interferência indevida na instrução criminal”, que ainda está em fase inicial.
A defesa de Braga Netto nega participação em qualquer tentativa de obstrução e pediu sua soltura após ele se tornar réu. A solicitação foi rejeitada pela PGR. O general foi detido ao retornar de Alagoas para o Rio de Janeiro. A PGR sustenta que a custódia é essencial para garantir a apuração completa dos fatos.
Braga Netto é citado como parte do “núcleo crucial” da organização investigada por tentativa de golpe, segundo o ministro Alexandre de Moraes. Tornaram-se réus no STF:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
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