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Condenado com Zambelli, hacker Delgatti pede para cumprir pena em regime semiaberto após dois anos preso

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Condenado com Zambelli, hacker Delgatti pede para cumprir pena em regime semiaberto após dois anos preso

Condenado por invadir sistema do CNJ com ajuda da deputada, ele argumenta bom comportamento e cumprimento de 20% da pena.

Condenado com Zambelli, hacker Delgatti pede para cumprir pena em regime semiaberto após dois anos preso

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 07 de julho de 2025 às 14:26

Atualizado: no dia 07 de julho de 2025 às 14:45

O hacker Walter Delgatti Neto, condenado por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com apoio da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), pediu à Justiça nesta segunda-feira (7) para cumprir o restante da pena em regime semiaberto. O novo regime permitiria saídas temporárias e trabalho externo.

Delgatti está preso há dois anos e, desde fevereiro, cumpre pena na P2 de Tremembé (SP), onde divide espaço com outros presos de notoriedade nacional, como o ex-jogador Robinho, o ex-médico Roger Abdelmassih e o empresário Thiago Brennand.

No pedido apresentado à Justiça, a defesa do hacker sustenta que ele já cumpriu 20% da pena de 8 anos e 3 meses, além de apresentar “ótimo comportamento carcerário, o que demonstra compromisso com o processo de readaptação e ressocialização” — condições exigidas para a progressão de regime. Ainda não há prazo para análise do pedido.

Invasão ao CNJ 

Delgatti foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter inserido documentos falsos no sistema do CNJ, incluindo uma suposta ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, “assinada” por ele mesmo. A PGR apontou que a ação, ocorrida em janeiro de 2023, teve como objetivo descredibilizar o Judiciário e reforçar ataques ao resultado das eleições de 2022.

Desde junho, após o fim dos recursos no STF, a prisão passou a ser definitiva. Carla Zambelli, apontada pela Procuradoria-Geral da República como a mentora do crime, foi condenada a 10 anos de prisão, teve o mandato cassado e está foragida na Itália. Ela está na lista da difusão vermelha da Interpol, e o governo brasileiro já pediu sua extradição.

Antes desse caso, Delgatti já havia sido condenado em primeira instância a 20 anos de prisão por hackear autoridades envolvidas na Lava Jato. Esse processo, da Operação Spoofing, ainda corre na Justiça Federal em Brasília, e ele responde em liberdade enquanto aguarda julgamento de recursos.