
Justiça
STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro; ex-presidente alega surto
Ex-presidente afirmou que mal-estar pode ter sido causado por medicamentos

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Em audiência de custódia realizada no início da tarde deste domingo (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter sofrido um surto e negou qualquer intenção de fuga. Segundo relatos, Bolsonaro disse acreditar que o episódio foi provocado por medicamentos. Investigadores relataram que ele apresentava sinais de abatimento.
Após a audiência, o Supremo Tribunal Federal manteve e homologou a prisão preventiva do ex-presidente. Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, desde sábado (22), quando foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
A audiência ocorreu por videoconferência e foi conduzida por um juiz auxiliar do gabinete de Moraes. Participaram também advogados do ex-presidente e um representante do Ministério Público Federal. O juiz avaliou a legalidade da prisão e questionou Bolsonaro sobre acesso à defesa, maus-tratos e eventuais irregularidades.
Segundo o Supremo, a ata da audiência será divulgada após a conclusão do procedimento. A decisão que determinou a prisão preventiva integra uma investigação sigilosa.
Ainda neste domingo, Bolsonaro recebeu autorização para visita da esposa, Michelle Bolsonaro, no período entre 15h e 17h.
A prisão preventiva foi decretada após a PF constatar tentativa de violação da tornozeleira eletrônica com o uso de um ferro de solda. Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde agosto. A conversão para preventiva foi solicitada pela PF, com aval da Procuradoria-Geral da República, e validada por Moraes.
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