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Secretária de Desenvolvimento Econômico também teve curso pago pela prefeitura de Salvador

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Prefeitura obtém aval para acelerar implantação do Teleférico do Subúrbio

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano libera licença prévia para que a Fundação Mário Leal Ferreira tire projeto do papel até janeiro

Foto: Divulgação
Responsável pelo projeto do Teleférico do Subúrbio, a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) recebeu sinal verde da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano (Sedur) para tocar o projeto de implantação da Linha 1 do equipamento, uma das principais promessas de campanha do prefeito Bruno Reis (União Brasil) nas eleições do ano passado. Etapa fundamental para tirá-lo do papel, a licença prévia ambiental unificada que autoriza a fundação a tocar o teleférico adiante foi liberada pela Sedur na quarta-feira (05), com validade de quatro anos.
Por etapas
Pela proposta inicial, a primeira etapa do equipamento terá pouco mais de quatro quilômetros de extensão e quatro estações localizadas nos bairros de Campinas de Pirajá, Rio Sena, Pirajá e Praia Grande, com 27 torres de sustentação distribuídas ao longo do percurso. A licença prévia, no entanto, não autoriza mexer na vegetação nativa ou construir as estruturas previstas no projeto. Para isso, a Mário Leal Ferreira deverá apresentar à Sedur o requerimento de licença de Instalação.
Timing é tudo
"Estamos agora na fase de elaboração da fase eletromecânica, que é a estrutura física do equipamento mesmo. A expectativa é de que isso esteja pronto até o fim deste ano, para que já em janeiro de 2026 a gente já possa lançar a licitação do Teleférico do Subúrbio", disse Bruno Reis à coluna, durante visita realizada nesta quinta-feira (06) ao Grupo Metropole. O cronograma informado pelo prefeito tem relação direta com a disputa pelo governo do estado ano que vem. Com a obra licitada e iniciada, o equipamento será um trunfo de valor para ser usado pela oposição no duelo contra o PT pelo Palácio de Ondina.
Grana em caixa
A princípio, o Teleférico do Subúrbio já tem recursos assegurados para sair do campo das promessas. Isso porque a prefeitura assinou em 14 de março deste ano o contrato de empréstimo de R$ 728 milhões junto à Cooperação Andina de Fomento (CAF), também conhecida como Banco de Desenvolvimento da América Latina. Do montante total, R$ 678 milhões foram reservados para a construção do novo modal de transporte urbano da capital, cuja estimativa é reduzir em cerca de uma hora o tempo de deslocamento de moradores dos bairros mais altos da região para a estação do Metrô em Águas Claras.
Pas-de-deux
Independente dos interesses políticos e das estratégias para o confronto eleitoral na Bahia, a decisão de Bruno Reis e do governador Jerônimo Rodrigues (PT) de aparecerem juntos no lançamento do Plano de Segurança Pública para Salvador, ocorrida na manhã desta quinta no Wish Hotel da Bahia, foi bastante positiva para os dois. Mesmo que a iniciativa tenha saído da prefeitura da capital, ambos deixaram de lado qualquer tipo de busca por protagonismo e fizeram demonstrações mútuas de cortesia.
Recordar é viver
A repercussão nas redes e na imprensa foi positiva tanto para um quanto para outro e rendeu elogios à postura de colocar em segundo plano a rivalidade para buscar, conjuntamente, soluções capazes de resolver um problema que afeta a todos. Houve quem lembrasse - e não foi pouca gente - da união de esforços entre o então prefeito ACM Neto (União Brasil) e o governador à época, Rui Costa (PT), na definição de estratégias para enfrentar a pandemia de covid-19 e evitar saltos no número de mortos, em um trabalho que elevou a popularidade dos dois.
Ás na manga
Cardeais do PT baiano não escondem o incômodo com a escolha do senador Ângelo Coronel (PSD) para um das vagas de membro titular da recém-instalada CPI do Crime Organizado. A indisposição, segundo integrantes da cúpula do partido no estado ouvidos pela Metropolítica, se deve ao fato de que Coronel pode usar o posto como instrumento de barganha na batalha por uma vaga do Senado na chapa da base governista. Com a violência caminhando para o centro de gravidade do confronto político de 2026 e a maioria apertadíssima que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem no colegiado, o voto de Coronel pode virar o de Minerva.
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