Política
Conselho de Ética da Alba antecipa depoimento de Alden para 7 de julho
Alvo de representação por quebra de decoro, deputado bolsonarista acusou colegas da oposição de receber "mensalinho" da Prefeitura de Salvador
Foto: Carlos Amilton/Agência Alba
O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) informou nesta quarta-feira (16) que o depoimento do deputado Capitão Alden (PSL) foi antecipado do dia 8 para 7 de julho. Ele terá que prestar esclarecimentos no âmbito da representação por quebra de decoro da qual é alvo por acusar colegas da oposição de receber R$ 1,6 milhão, em pagamentos mensais, da Prefeitura de Salvador.
Alden, no entanto, poderá optar por depor de forma presencial ou virtual. A oitiva será transmitida pela TV Alba.
“Na última reunião nós aprovamos a convocação do deputado Capitão Alden para o dia 8 de julho. Mas vai cair em uma quinta-feira, e nossas reuniões são nas quartas”, disse, em nota, o deputado Marquinho Viana (PSB), presidente do colegiado.
Segundo Viana, a documentação correspondente à defesa de Alden foi enviada na terça (15), dois dias antes do prazo-limite em que deveria fazê-lo.
De acordo com Viana, o conselho procurou atender todas as solicitações de Alden, dentre as quais a cessão de informações e materiais, a fim de não gerar obstáculos para a construção da defesa do deputado. “Atendemos praticamente todos pedidos dele. Inclusive enviamos uma mídia com o conteúdo gravado por ele mesmo. Só não foi possível acatar o pleito de sigilo de Justiça. Capitão Alden queria que as sessões do Conselho de Ética e Decoro em relação ao seu processo disciplinar fossem realizadas às portas fechadas, mas isso não foi acatado por unanimidade”, afirmou.
O pedido de abertura do processo que poderá resultar na cassação do mandato de Alden foi feito em 27 de abril. Na representação, os 11 parlamentares da oposição que assinaram o requerimento argumentam que Capitão Alden, “de forma leviana e irresponsável”, atribui possíveis condutas criminosas aos seus pares e companheiros de bancada.
À época da acusação, Alden se disse "injustiçado" e "mal interpretado" pelos demais deputados. O prefeito Bruno Reis (DEM), por sua vez, lamentou as declarações e negou a acusação.
Na representação que deu origem ao processo, os parlamentares alvo das insinuações argumentam que Capitão Alden, “de forma leviana e irresponsável”, aponta possíveis condutas criminosas aos seus pares, companheiros de bancada.
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