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Janot denuncia ‘PMDB da Câmara’, de Temer, pelo recebimento de R$ 350 milhões em propinas

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Janot denuncia ‘PMDB da Câmara’, de Temer, pelo recebimento de R$ 350 milhões em propinas

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai denunciar o recebimento de R$ 350 milhões em propinas pelo “PMDB na Câmara”, grupo político que tinha como um dos líderes o presidente Michel Temer, no esquema de corrupção e cartel descoberto na Petrobrás. Essa é a última acusação criminal do “quadrilhão da Lava Jato” e será apresentara por Janot, ainda nesta semana, ao Supremo Tribunal Federal (STF). [Leia mais...]

Janot denuncia ‘PMDB da Câmara’, de Temer, pelo recebimento de R$ 350 milhões em propinas

Foto: José Cruz/EBC/FotosPúblicas

Por: Laura Lorenzo no dia 10 de setembro de 2017 às 12:04

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai denunciar o recebimento de R$ 350 milhões em propinas pelo “PMDB na Câmara”, grupo político que tinha como um dos líderes o presidente Michel Temer, no esquema de corrupção e cartel descoberto na Petrobrás. Essa é a última acusação criminal do “quadrilhão da Lava Jato” e será apresentara por Janot, ainda nesta semana, ao Supremo Tribunal Federal (STF). São quatro acusações que envolvem políticos do PP, do PT, do PMDB do Senado e do PMDB por crime de associação à organização criminosa.

“O grupo do PMDB da Câmara dos Deputados que integrou a organização criminosa obteve ilicitamente pelo menos R$ 350.000.000,00 à partir de propina paga por empresas”, diz Janot, na denúncia contra o “quadrilhão do PT” feita na última terça-feira (5), que inclui os nomes dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Também são apontadas no documento as empresas Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, UTC, Mendes Junior, Engevix e Setal, que confessaram crimes ou buscam um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF).

Na denúncia contra o PMDB, Janot deverá imputar ao grupo político ligado a Temer crimes de associação à quadrilha que desviava de 1% a 5% de propinas em contratos da Petrobrás. O procurador ainda pontua o acerto feito por peemedebistas nos governos Lula e Dilma por cargos em troca de apoio político, de forma “criminosa”. Apesar de Temer não ser alvo desse inquérito, a inclusão de seu nome na denúncia não está descartada.

“Em comum, os integrantes do PT, do PMDB e do PP queriam arrecadar recursos ilícitos para financiar seus projetos próprios. Assim, decidiram se juntar e dividir os cargos públicos mais relevantes, de forma que todos pudessem de alguma maneira ter asseguradas fontes de vantagens indevidas”, escreveu Janot quando pediu a abertura do processo contra o grupo do Senado do PMDB, na última sexta-feira (8).