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Procurador acusa Janot de tentar impedir nomeação de Raquel Dodge

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Procurador acusa Janot de tentar impedir nomeação de Raquel Dodge

O procurador da República Ângelo Goulart Villela afirmou nesta terça-feira (17), em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a JBS, que o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, agiu para tentar impedir a nomeação de Raquel Dodge, sua sucessora. [Leia mais...]

Procurador acusa Janot de tentar impedir nomeação de Raquel Dodge

Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Cãmara/EBC/José Cruz

Por: Matheus Simoni no dia 17 de outubro de 2017 às 15:03

O procurador da República Ângelo Goulart Villela afirmou nesta terça-feira (17), em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a JBS, que o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, agiu para tentar impedir a nomeação de Raquel Dodge, sua sucessora. \"Janot agiu com fígado em relação a mim, porque se sentiu traído. Porque eu estaria me bandeando para o lado da arquirrival dele, como se isso, ainda que fosse verdadeiro, legitimasse uma atuação devastadora em relação a mim\", declarou o procurador.

Segundo Villela, o objetivo de Janot era que a delação da JBS provocasse a queda do presidente Michel Temer (PMDB) do cargo. No depoimento, o procurador repetiu a acusação de que Janot teria atuado de forma política. \"Não há a menor chance de o Rodrigo Janot não ter autuado de forma política, sem entrar no mérito da procedência da denúncia, para impedir que o presidente da República deixasse de indicar a dra. Raquel Dodge. E para isso ele precisava derrubar o presidente\", declarou Villela. \"Ele sempre diz que tinha um crime em andamento, por isso tinha que dar a imunidade. Mentira. A pressa tinha outro motivo\", afirmou.

Ângelo Villela foi preso no dia 18 de maio pela Polícia Federal, durante a Operação Patmos. Ele é suspeito de vazar informações sobre a Operação Greenfield, da qual o grupo J&F é alvo. Em troca, segundo os delatores, ele recebia uma mesada de R$ 50 mil. O procurador foi solto em agosto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).