‘Talvez eu tenha sido infeliz em falar do AI-5’, diz Eduardo Bolsonaro
Parlamentar avaliou que ele foi democraticamente eleito e 'não convém para mim a radicalização'
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Por Adelia Felix no dia 31 de Outubro de 2019 ⋅ 18:47
Após causar polêmica por declarar que caso haja uma radicalização da esquerda em protestos, como os que ocorrem no Chile, a resposta poderia ser via "um novo AI-5 ", o deputado federal pelo PSL paulista, Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que foi “infeliz” ao citar a medida adotada na ditadura no Brasil. A nova declaração foi feita em entrevista à Band, na noite desta quinta-feira (31).
“Talvez eu tenha sido infeliz em falar do AI-5. Porque não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5. Mas nesse cenário o governo tem que tomar as rédeas da situação. Não pode, simplesmente, ficar refém de grupos organizados para promover o terror”, disse.
E, continuou: “Não existe retorno do AI-5. A gente vive sob a Constituição de 1988. Fui democraticamente eleito. Não convém a mim a radicalização”, defendeu-se. O parlamentar acrescentou que “a oposição e a esquerda vão utilizar isso para tentar me pintar como ditador”.
O Ato Institucional 5 (AI-5) foi baixado no dia 13 de dezembro de 1968, no governo de Costa e Silva, um dos cinco generais que governou o Brasil na ditadura militar (1964-1985). A medida é considerada um dos atos de maior poder repressivo tomado na ditadura, resultando na cassação mandatos políticos e suspensão de garantias constitucionais.