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Paulo Câmara diz que esteve ‘de malas prontas’ para sair do PSDB e que não seria vice em Salvador

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Paulo Câmara diz que esteve ‘de malas prontas’ para sair do PSDB e que não seria vice em Salvador

"Eu entendia que era aquele partido que todo mundo fala, que fica em sempre do muro e não tem posição", justificou

Paulo Câmara diz que esteve ‘de malas prontas’ para sair do PSDB e que não seria vice em Salvador

Foto: Matheus Simoni/ Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 06 de novembro de 2019 às 09:02

O deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (6), que já esteve "de malas prontas" para sair da legenda que é filiado, porque a sigla passou por uma fase em que era conhecida por ficar "em cima do muro". 

"Primeiro, eu tive de malas prontas para sair do PSDB. Eu entendia que era aquele partido que todo mundo fala, que fica sempre em cima do muro e não tem posição. Um partido que nunca fala o que as pessoas querem ouvir, que dá aquela curva, vai no Japão e volta. Isso incomoda muito. Na eleição, o partido quem foi mais prejudicado foi o PSDB e seus candidatos. Na vida pública, a gente tem que ter lado e decisão", defendeu.

Ele disse que mudou de ideia de sair da legenda diante de uma onda de renovação indicada pelo partido, que passou a apontar um enquadramento político mais à direita. 

"O PSDB agora, quando (João) Doria ganhou e depois que tinha indicativa de Bruno Araújo ser presidente - uma pessoa que eu já gostava e tinha relação com ele quando era deputado e ministro das Cidades-, tinha nova perspectiva dessa oxigenação, de ter clareza e de ter postura e ter lado e trazer mais à direita. Eu dei esse voto de confiança. Eu fui ao governador Doria e disse que se o partido não tivesse postura eu estaria fora. O que eu tinha mais vergonha era que as pessoas me diziam que no PSDB não confiava mais", afirma.

O deputado também declarou que coloca seu nome à disposição para ser candidato do partido em Salvador, nas eleições municipais do próximo ano, mas que não aceitaria ser concorrente a vice-prefeito. 

"Desde quando seja oficializado, eu não seria", pontuou.

Para ele, o partido deve lançar candidatura própria diante do fim das coligações proporcionais, para não "sumir" do mapa eleitoral.

"Nós vamos apresentar um candidato à cidade. Com relação ao prefeito ACM Neto, nunca tratou desse assunto comigo, até porque presidente (do PSDB na Bahia) é Adolfinho (Viana), mas no momento oportuno, o que se escuta, é que vai ser apresentado um candidato e que ele (Neto) vai chamar a sua base para definição de um nome só", declarou.

Também por conta do fim da coligação proporcionais, Paulo disse que não sabe até mesmo se os vereadores eleitos pelo PSDB na capital baiana vão permanecer no partido, porque podem buscar outra sigla que tenha candidatura própria, para tentar manter o mandato.

"Hoje o PSDB, se não tiver candidatura própria, não terá condições nenhuma para disputar (a eleição de) vereadores.  (...) Qual o pré-candidato que vai entrar no partido com quatro vereadores de mandato?", questionou.