Cadelas para adoção e cortina de fumaça: Malu Fontes analisa estratégia de Michelle

Das especulações como sucessora política de seu marido a uma viagem aos Estados Unidos para encontrá-lo, Michelle Bolsonaro (PL) tem figurado, constantemente, no noticiário nacional neste mês. Seu último ato, neste domingo (12), foi o de publicizar a adoção de duas cadelas encontradas nas ruas. A ex-primeira-dama não poderia ficar com elas, já que está morando de aluguel. 

O caso é alertado pela professora e jornalista Malu Fontes, em comentário para a Rádio Metropole, como uma “cortina de fumaça”, estratégia de desvio da atenção pública para a questão mais importante que envolve a ex-primeira-dama e sua família no momento: o escândalo das joias sauditas.

“Faz-se uma fogueirinha de gravetos num lugar irrelevante para que nos distraiamos, enquanto a fogueira real crepita do outro lado, bem mais longe”, a professora explica a tática.

“Michelle aparece nas redes fazendo uma versão de São Francisco de Assis evangélica, oferecendo um argumento de fazer chorar qualquer sem-teto: 'minha gente, pelo amor de Deus, estou morando de aluguel’”, ironiza Malu Fontes. A ex-primeira-dama, aparentemente, esquece de mencionar que sua “moradia de aluguel” é uma mansão em área nobre de Brasília ao custo de R$ 12 mil mensais.

“A moral da história da cortina de fumaça das cachorras abandonadas”, para a professora, é a seguinte: “Salvem Michelle da fogueira das joias contrabandeadas de 16 milhões. Adote duas cadelinhas.”

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