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Goli Guerreiro relembra impacto do acervo de Arlete Soares na idealização do Estúdio África

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Acervo Arlete Soares pode ficar sem sede com iminente demolição de prédio onde funciona há 31 anos
Fotógrafa concedeu entrevista a Rádio Metropole nesta terça-feira (10) ao lado da antropóloga Goli Guerreiro

Foto: Filipe Luiz/Metropress
Uma das principais e mais notáveis fotógrafas da Bahia, Arlete Soares revelou que seu acervo de quase 100 mil fotos terá que ser realocado devido à demolição do prédio onde está atualmente armazenado. Ao lado da antropóloga Goli Guerreiro, ela expressou, em entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (10), a preocupação com a situação e o desejo de que o próximo local para o acervo seja no Centro Histórico de Salvador.
Atualmente o Acervo Arlete Soares fica localizado em um prédio na Rua Airosa Galvão, no bairro da Barra. Segundo Soares, o edifício será demolido para a contrução de um novo empreendimento residencial de quinze andares. “Estamos lá há 31 anos, com todo o acervo e tudo que fiz em viagem, e ele vai ser derrubado para a construção de um prédio que só vai 'enfeiar' a Bahia. Não sei para onde vai tudo isso,” criticou a fotógrafa, revelando que todo o acervo já está encaixotado.
O acervo está atualmente em um apartamento térreo de 130 m², que inclui uma galeria, uma biblioteca e uma sala de acondicionamento dos fotogramas. Arlete Soares, ao lado da antropóloga Goli Guerreiro, mencionou que têm até o final de setembro para desocupar o local.
"O ideal seria uma casa no Centro Antigo, por conta da presença de Arlete na cena baiana com a fotografia sobre a Bahia. Nós temos fotografias de Salvador de 1970 até agora, porque ela continua nativa. Começou, inclusive, com o mapeamento aéreo de Salvador, justamente na prefeitura de Mário Kertész. Arlete tem a cidade fotografada de cima, ela era o drone da época. Então tem justamente esse momento de pós-transformação da cidade, uma perspectiva urbana que interessa muito aos arquitetos", disse Goli.
Junto com Pierre Verger, Arlete foi uma das mentoras do projeto Bahia-Benin. Entre 1986 e 1987, ela esteve três vezes no continente africano, acompanhada de delegações baianas que incluíram políticos, ativistas e artistas para promover trocas culturais e estreitar os laços entre a Bahia e os beninenses e baianos. Foi desse projeto que nasceu a Casa do Benin, no Pelourinho.
Confira a entrevista na íntegra:
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