Conseguimos transformar o estigma sobre favelas em um carisma, diz presidente da CUFA

O presidente da Central Única das Favelas (CUFA), Preto Zezé, afirmou que houve um processo de transformação do significado das favelas no Brasil. Em entrevista a Rádio Metropole, nesta quinta-feira (31), ele ainda comentou a existência delas em diversos locais do mundo, mas com nomes diferentes.

“Conseguimos em um processo de luta, transformar o estigma em um carisma. Então hoje você vê a favela citada com museus de artes, na parte gastronômica, tem referências políticas, tem desde quem produz alimentos limpos até o que está fazendo robótica através de eletro-eletrônicos que vão para o lixo”, disse a Mário Kertész.

Segundo Preto Zezé, houve uma mudança no pensamento e vivência das pessoas, que as fazem ter orgulho de onde moram e vivem. "Não é uma romantização, pelo contrário. As pessoas sabem a dificuldade de estar lá. Mas estou dizendo que se elas tivessem condições e o lugar fosse melhor, as pessoas não sairiam da favela”, afirmou.

Ainda durante sua participação no Jornal da Bahia no Ar, o presidente da CUFA afirmou que países como Argentina e Estados Unidos tem suas favelas, mas com nomes diferentes. “Todos em que  se tem uma concentração de riquezas vai sempre ter gente sobrando e gente que atende a um padrão não branco que está morando distante e em piores condições”.

Confira a entrevista na íntegra: