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"Qualquer pessoa sabe que a 'arminha' do Bolsonaro apontava para a cabeça de um jovem preto", diz Jessé Souza

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"Qualquer pessoa sabe que a 'arminha' do Bolsonaro apontava para a cabeça de um jovem preto", diz Jessé Souza

Autor do livro "O Pobre de Direita" participou do programa Na Linha, na Rádio Metropole, nesta sexta-feira (13)

"Qualquer pessoa sabe que a 'arminha' do Bolsonaro apontava para a cabeça de um jovem preto", diz Jessé Souza

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 13 de dezembro de 2024 às 16:38

Atualizado: no dia 13 de dezembro de 2024 às 16:45

Em entrevista à Rádio Metropole, no tradicional programa Na Linha, o sociólogo Jessé Souza, autor do livro O Pobre da Direita, analisou as motivações do eleitorado que elegeu o ex-presidente Bolsonaro em 2018. Segundo ele, quando uma pessoa elege Bolsonaro, significa que ela só pode ser racista. 

"(Bolsonaro) é a maior força irracional da história, o ódio a troco de nada. Esse racismo reprimido dos seus eleitores é transformado no populismo penal de matar pobre e preto. Qualquer pessoa sabe que a 'arminha' do Bolsonaro apontava para a cabeça de um jovem preto no Brasil. Quando se associa pretos ao crime, você moraliza o racismo com o argumento de defesa da segurança pública", analisa. 

Ele ainda associa os "privilégios que a alta elite busca manter" ao racismo, traçando paralelos entre "situações de corrupção" no Brasil. "A classe média branca nunca teve nada contra a corrupação e a gente pode provar. Com Lula e Dilma tivemos milhares de branquinhos histéricos gritando supostamente contra a corrupção, contra os negros na universidades públicas. Este é o bunker do privilégio da classe média: as boas universidades, cursos que vão dar altos salários. No caso de Aécio Neves e Michel Temer, o caso de corrupção mais óbvio, com mala de dinheiro em jogo, você viu algum branquinho histérico contra isso?", comenta.