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Veterano da cobertura carnavalesca de Salvador, Marrom concedeu entrevista ao Jornal da Metropole no Ar desta segunda-feira (26)
Foto: Metropress/Victor Ramos
O impacto do axé na cena cultural de Salvador foi tema de uma análise crítica feita pelo jornalista Osmar Marrom durante o programa Jornal da Metropole no Ar, desta segunda-feira (26). Para ele, o ritmo que colocou a Bahia no mapa da indústria fonográfica nacional também foi responsável por dizimar outras expressões musicais que movimentavam a noite soteropolitana.
“O Axé tem uma coisa boa e uma coisa ruim. A cena Axé destruiu a noite de Salvador. Antes do Axé, tinha vários bailes como MPB, rock. Aí veio o Axé, predador, acabou com tudo. Os músicos pra sobreviver migraram, virou micareta. Passou o rodo. Hoje não existe mais aquilo. Mas também abriu mercado: pra imprensa, pra música. Isso foi bom. Mas foi muito predador, não deixou ninguém se firmar”, disse.
Veterano da cobertura cultural na Bahia, Marrom acompanhou de perto o surgimento e apogeu do axé nos anos 1980 e 1990. Para ele, a centralização do mercado em torno do axé enfraqueceu outros estilos, enquanto a falta de união entre os artistas do gênero dificultou sua renovação. Em contraponto, ele destaca o surgimento de novos nomes fora da lógica do axé tradicional, como BaianaSystem e Afrocidade.
“A última grande novidade do axé foi Saulo. O axé não se renovou. Ainda é Ivete, Daniela, Bell... Mas a força de Bell é impressionante: tem 73 anos e entrega tudo no palco. Bell nunca entrou em modismo. Ele sempre gravou por aqui mesmo. Por isso é sucesso até hoje”, concluiu o jornalista Osmar Marrom.
Confira a entrevista completa:
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