Alice Portugal chama Eduardo Bolsonaro de “traidor nacional” por atuação nos EUA

Ao comentar o tarifaço dos Estados Unidos no Brasil e o julgamento de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal marcado para a próxima semana, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) classificou Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, como um "traidor nacional". A declaração aconteceu em entrevista à Rádio Metropole nesta sexta-feira (29).

Segundo a parlamentar, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)  estaria atuando no exterior contra os interesses nacionais. “Estamos diante de uma intervenção explícita, uma traição nacional explícita. Ele pediu licença a Hugo Motta [presidente da Câmara dos Deputados] para exercer o mandato à distância. Conspirando. E os EUA, por conveniência comercial, têm utilizado isso para tirar proveito e bater na opção majoritária brasileira, bater na democracia”, declarou Alice.

Licenciado nos EUA,  Eduardo Bolsonaro chegou a afirmar, em julho, que considera o tarifaço norte-americanos aos produtos brasileiros uma ação "legítima". No início  de agosto, o mandatário estadunidense aplicou uma tarifa adicional de 40% ao Brasil em retaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e ainda em resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro, que será julgado a partir da próxima terça-feira (2) no caso tentativa de golpe de Estado.

Durante o Jornal da Bahia no Ar, a parlamentar ainda comentou a expectativa em torno do julgamento dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro pelo Supremo Tribunal Federal. “O Supremo vai julgar até o fim os crimes contra o Estado Democrático do Brasil. Espero que não haja uma escalada de ódio com a decisão do STF, que é quem está julgando”, afirmou a deputada.

Jair Bolsonaro começa a ser julgado na próxima terça-feira (2) pela  Primeira Turma da Corte, composta pelo relator Alexandre de Moraes e os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux. Bolsonaro responde por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.

Confira a entrevista na íntegra: