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Consuelo Perelo e Andrea Guedes falam sobre sensibilidade e personalização no atendimento a famílias em luto

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Consuelo Perelo e Andrea Guedes falam sobre sensibilidade e personalização no atendimento a famílias em luto

Andrea destacou que a cremação tem ganhado espaço no mercado

Consuelo Perelo e Andrea Guedes falam sobre sensibilidade e personalização no atendimento a famílias em luto

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 30 de outubro de 2025 às 10:55

A vice-presidente do Abrigo Salvador, Andrea Guedes, e a cerimonialista do Crematório Jardim da Saudade, Consuelo Perelo, falaram, em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar nesta quinta-feira (30), sobre o processo de luto e as cerimônias de velório e cremação. As duas destacaram o papel da empatia e da personalização no atendimento às famílias que enfrentam a perda de um ente querido.

Andrea ressaltou que a equipe do Jardim da Saudade é preparada para lidar com o momento delicado do luto e que a psicóloga do espaço fará atendimentos periódicos às famílias. “Tem pessoas que chegam revoltadas e a equipe tem que ter o reparo para entender que ninguém que chega lá está em seu estado normal. A verdade é essa. Mesmo com nosso preparo, ficamos muito emocionados. Precisamos ser mais fortes do que a situação que está acontecendo no momento”, afirmou.

A vice-presidente também comentou sobre as diferentes formas de cerimônia de despedida, que variam conforme a religião e o desejo da família. “Algumas religiões têm prazo para cremar. Normalmente damos 48 horas para cremar. Às vezes tem alguns pedidos específicos de dias e atendemos. Tem família que não quer o velório, que você sente que querem acabar logo e, na cremação, querem algo sucinto. Tem famílias mais tradicionais, outras que querem mais alegres, com música”, explicou.

Consuelo Perelo destacou que, apesar de a cerimônia de cremação seguir um roteiro padrão, há espaço para adaptações. “Nossa cerimônia é uma única, mas em alguns momentos podemos mudar a pedido da família, como uma palavra, uma fala. O texto é o mesmo, mas sempre acontece algo inusitado”, contou.

Ela relembrou uma ocasião marcante que viveu no crematório. “Já teve uma senhora de 101 anos e a família escolheu como música ‘Diga que valeu’. Ela era Chicleteira, fã de Bell (Marques). Foi uma cerimônia leve. Eu nunca esqueci”, relatou emocionada.

Andrea observou que, embora o sepultamento ainda seja a escolha mais comum entre as famílias, a cremação tem ganhado cada vez mais espaço.