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Marcello Serpa critica viralatismo e defende identidade brasileira na publicidade: “EUA são um país de superficialidade”
Marcello Serpa concedeu entrevista ao Jornal da Metropole no Ar desta segunda-feira (17)

Foto: Reprodução/YouTube
Os lançamentos dos livros “VENDO: As Imagens de Marcello Serpa” e “VENDO: Marcello Serpa por Julius Wiedemann” reacendem a discussão sobre o peso da identidade brasileira na publicidade e no design. As obras, apresentadas por Serpa no Jornal da Metropole no Ar desta segunda-feira (17), reúnem imagens, processos criativos e reflexões sobre a formação estética do país. Para ele, o Brasil só virou referência internacional porque sempre cobrou originalidade, valorizou sua diversidade visual e evitou copiar modelos estrangeiros.
“Eu acho que o brasileiro, pelo seu humor, pela sua leveza, pela sua capacidade de comunicação, ele sempre soube fazer propaganda que falasse com as pessoas no livro da rua, na conversa de coxinha, no almoço de domingo. Essa linguagem da rua sempre esteve na propaganda. E isso é uma coisa que nos diferencia. Outros países falam de cima para baixo. Tem uma linguagem mais formal e tentam convencer o consumidor do alto de um pedestal”, disse.
Serpa ressaltou que a criatividade nacional nasce da convivência calorosa entre as pessoas e de uma comunicação direta, do cotidiano, que se diferencia de modelos mais formais adotados por outros países. Contra o viralatismo de quem acredita que o Brasil deve se basear nos EUA, o publicitário defendeu que esse é um traço genuíno que fez com que a publicidade brasileira se tornasse admirada no exterior e ajudou a consolidar nomes e escolas criativas que influenciam gerações.
“Os Estados Unidos são um país onde a superficialidade impera. Nós não. Nós somos um país maravilhoso. A gente tem que ser muito mais alegre, muito mais divertido. A gente tem que abraçar de novo a causa do Brasil, além da polarização, que é um dos grandes impedimentos, porque a gente está sempre metendo o pau em alguma coisa. A gente tem que parar de se diminuir e abraçar de novo essa brasilidade”, concluiu.
Confira a entrevista completa:
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