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Raymundo Paraná alerta para “desastre” na formação médica e denuncia avanço da fake medicina

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Raymundo Paraná alerta para “desastre” na formação médica e denuncia avanço da fake medicina

No Jornal da Metropole no Ar desta segunda-feira (24), o especialista declarou que falta de estrutura acadêmica competente compromete toda a cadeia da saúde

Raymundo Paraná alerta para “desastre” na formação médica e denuncia avanço da fake medicina

Foto: Metropess/Tais Lisboa

Por: Metro1 no dia 24 de novembro de 2025 às 12:36

Atualizado: no dia 24 de novembro de 2025 às 17:04

Como já foi exposto na Metropole, seja na fuga da residência médica ou no boom das faculdades de medicina, não é de hoje que a formação médica de baixa qualidade no Brasil preocupa especialistas. Após comentar que o país vive uma expansão desenfreada de cursos sem garantia de preparo adequado, o hepatologista Raymundo Paraná afirmou que o problema resulta de interesses econômicos e ausência de fiscalização. A análise foi feita no Jornal da Metropole no Ar desta segunda-feira (24).

“Com a chegada das redes sociais, o curral abriu. Foi um negócio assim, a cancela abriu, e aí as pessoas que dominam essa linguagem passaram a entender que ali virou o negócio. Era um balcão de negócios. Era trazer pacientes, é o que eu chamo de medibusiness. É a fake medicina da medibusiness. É fazer da medicina um grande negócio”, disse.

Segundo Paraná, a precarização do ensino superior criou um ciclo de profissionais vulneráveis, sem formação técnica suficiente para atuar com segurança. Ele afirma que muitas instituições funcionam sem estrutura mínima, sem hospitais-escola e sem professores com competência pedagógica adequada, o que afeta diretamente o atendimento à população.

“Nutricionista, enfermeiro, etc. Essa precarização e essa mediocrização aconteceu em todos os setores. Todos eles. Mas na área de saúde é um desastre”, destacou Paraná.

Para o médico, o avanço de faculdades privadas movidas por fundos de investimento, aliado à falta de leis específicas, desmontou qualquer tentativa de controle de qualidade. O resultado, para ele, é um sistema sobrecarregado, com excesso de exames, judicialização e profissionais que não reconhecem evidência científica.

Confira a entrevista completa: