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Bellintani critica obsessão por parecer rico e alerta para “tentativa de preencher vazios”
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Bellintani critica obsessão por parecer rico e alerta para “tentativa de preencher vazios”
Guilherme Bellintani participou do Jornal da Metropole no Ar desta terça-feira (23)

Foto: Metropress/Fernanda Vilas
A obsessão contemporânea por parecer rico, impulsionada pelas redes sociais e pela lógica da influência digital, tem atravessado relações pessoais, consumo e até estratégias de pertencimento social. Durante o Jornal da Metropole no Ar, desta terça-feira (23), o empresário e ex-secretário municipal Guilherme Bellintani analisou o fenômeno e afirmou que o consumo acima da renda muitas vezes funciona como mecanismo de inserção em bolhas sociais e profissionais, potencializado pela vitrine permanente das plataformas digitais.
“Eu acho que tem duas coisas aí. Primeiro, é a inserção. Na verdade, três, talvez. Primeiro, a inserção. A necessidade de inserção no meio. No mundo em que as pessoas escolhem as escolas dos filhos para fazer networking com os pais, os colegas dos filhos, qualquer coisa além disso vira fichinha. Você comprar uma marca que não cabe totalmente no seu padrão de renda para parecer que você caiba é muitas vezes uma estratégia de inserção numa bolha, por exemplo, para fazer negócio, para se inserir em um novo tipo de relacionamento”, disse.
Ao aprofundar a reflexão, Bellintani apontou que o exibicionismo de riqueza à lógica da monetização da imagem pessoal nas redes faz com que a aparência de sucesso vire ativo comercial. Para ele, esse comportamento se conecta também a questões subjetivas, citando que a ostentação pode funcionar como tentativa de compensar vazios emocionais e simbólicos, num ciclo que não se resolve pelo consumo.
“Tem uma outra coisa que também é muito comum nesse mundo de redes sociais, que é, a partir disso, você vai até mesmo vender curso na internet: ‘quer ficar milionário, pergunte-me como’. Mas o próprio cara que fez aquilo não virou milionário. [...] E o pior de todos, para mim, é o que a psicanálise vai explicar mesmo, é o cara que está com umas lacunas imensas ali e eque coloca na demonstração de riqueza uma forma de preencher lacunas que não são assim que vão preencher”, concluiu.
Confira o programa completo:
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