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"A boca fala do que o coração está cheio”, diz Matheus Buente ao discutir limites do humor
Humorista e professor afirma que stand-up exige responsabilidade ética e rejeita humor baseado em discursos de ódio

Foto: Fernanda Vilas/Metropress
O humorista e professor de história Matheus Buente falou sobre os limites do humor durante entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Metrópole. Ao comentar debates recentes sobre humor ofensivo, ele foi direto ao afirmar que a comédia não pode ser dissociada da responsabilidade individual.
“O limite é o código civil, é a condição”, disse, ao destacar que não existe neutralidade quando o riso é construído a partir de discursos criminosos. “Meu avô dizia que a boca fala do que o coração tá cheio”, completou Buente, defendendo que o comediante não pode terceirizar a culpa de um texto que reproduz violência simbólica ou preconceito.
“Eu não faço esse tipo de piada porque eu não sou criminoso, nem sou racista”, afirmou. Ao diferenciar o stand-up de outras linguagens artísticas, Matheus explicou que, nesse formato, o humorista fala em nome próprio. “Na comédia stand-up, sou eu ali, não tem personagem”, disse.
Segundo ele, a arte pode ser usada para denunciar e combater injustiças, mas sempre a partir de um posicionamento consciente. “A gente tem um limite ético em cima da construção do nosso pensamento. A comédia é a minha zona de conforto, mas também é um lugar de escolha”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra:
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