Instituto pioneiro no Brasil em combate ao câncer de pulmão será lançado em Salvador

O primeiro centro de rastreamento e cuidado integrado do Brasil voltado a combater o câncer de pulmão está prestes a chegar a Salvador. O Instituto ProPulmão, que será oficialmente lançado no próximo dia 13, representa um passo histórico da Bahia na luta contra a principal causa de morte por câncer no mundo. O Instituto tem como propósito antecipar o diagnóstico antes que a doença avance, promovendo ações integradas de prevenção, inovação e cuidado para reduzir o impacto deste tipo de câncer

O ProPulmão é também o primeiro modelo brasileiro de rastreamento e cuidado integrado para doenças torácicas, oncológicas e cardiovasculares, unindo ciência e tecnologia para conectar a detecção precoce ao diagnóstico e à coordenação do cuidado a longo prazo e utilizando inteligência artificial (IA) para ajudar na identificação de pacientes com maior risco.

Em parceria com a Fundação Bahiana de Cardiologia e Combate ao Câncer (FBCCC) e financiado pela Bristol Myers Squibb Foundation (BMS Foundation), o Instituto se baseia em mais de uma década de trabalho para aprimorar o diagnóstico precoce
em comunidades remotas em todo o país.

“Nosso propósito é integrar o cuidado respiratório, oncológico e cardiovascular em um mesmo ecossistema de prevenção e inovação. Queremos antecipar o diagnóstico antes que a doença avance e reduzir o impacto do câncer de pulmão na
população”, destaca o cirurgião torácico Ricardo Sales, presidente do ProPulmão.

“Esse projeto trará inúmeros benefícios à população, começando pela Bahia e, em breve, alcançando outros estados do país. Sem dúvida, um projeto vitorioso, com grande potencial para se expandir por todo o país”, afirma o médico Evandro de Araújo
Júnior, presidente da FBCCC.

Dados alarmantes sobre a doença no Brasil e na Bahia

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer no mundo. No Brasil, estima-se que mais de 32 mil novos casos sejam diagnosticados até o final de 2025, e quase 90% deles em
estágios avançados, quando as chances de cura são drasticamente reduzidas.

O estado da Bahia, responde por 17,9% de todos os casos no país e enfrenta desafios estruturais que tornam a região desproporcionalmente mais vulnerável à mortalidade por câncer de pulmão. Com vastas áreas rurais e remotas, a Bahia apresenta baixa cobertura do sistema de saúde, com a maioria dos serviços oncológicos concentrados na capital, além de barreiras socioeconômicas significativas para pacientes de comunidades com poucos recursos médicos.