
Editorial
Divulgação da delação de Palocci só serve para criar tumulto, analisa MK; ouça
O sigilo das declarações foi retirado ontem (1º) pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela primeira instância da Lava Jato

Foto: Tácio Moreira/Metropress
A divulgação de parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci (veja aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui também) foi um dos assuntos comentados por Mário Kertész, na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (2). O sigilo das declarações foi retirado ontem (1º) pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela primeira instância da Operação Lava Jato.
"Não dá para passar batido. É extremamente negativo a menos de uma semana da eleição. Não é coisa nova, não tem nenhuma providência a ser tomada agora – a não ser criar tumulto, tentar atingir o PT e seu candidato", pontuou. No documento, Palocci diz que campanhas do PT de 2010 e 2014 custaram R$ 1,4 bilhão. O dinheiro, segundo ele, veio de caixa 2.
Apesar de defender o juiz em outras ocasiões, MK disse que Moro "é parcial anti-PT". "Lembram quando Lula ia ser nomeado para tomar posse na Casa Civil no governo de Dilma Rousseff? O que Moro fez? Liberou uma conversa telefônica que ele não tinha poderes para fazer e que cometeu uma tremenda ilegalidade porque nenhum presidente da República pode ter a sua conversa devassada", acrescentou.
"Tem muitos méritos, mas isso do ponto de vista de um regime democrático, é um absurdo inominável. Não estou interessado em defender candidatura de Fernando Haddad (PT), só que me sinto ultrajado quando vejo a democracia brasileira atingida com aplauso de grande parte da população", concluiu MK.
Ouça na íntegra:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.